Concurso de Projetos FARO de Satélite – MEX4a7359

Cidade do Méxcio – MEX – 2009 – Concurso 4a7359 

LY  & OA arquitetura


Partido Arquitetônico

No de 2009 celebram-se os 50 anos das Torres de Satélite,projeto do arquiteto Luis Barragán e do escultor Mathias Goeritz. As torres representaram  um marco para a recém criada cidade de Naucalpán de Juarez, região metropolitana da Cidade do México, e constituem um  ícone da arquitetura moderna mexicana e mundial.

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Por tudo o que as torres de Goeritz e Barragán representam, e por estar em processo de catalogação do patrimônio histórico nacional do México, o objeto desde concurso tem por premissa principal a concepção de uma idéia de espaço que abrigue a FARO (Fábrica de Artes e Ofício), dotando o espaço  da infra-estrutura necessária para sua perfeita utilização, em harmonia com a arquitetura estabelecida pelas imponentes torres.

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Pontos chave da proposta

Por situar-se em um sitio especifico, uma região de alta densidade ocupacional, o objeto idealizado deve em primeira maneira não comprometer a contemplação das torres nem obstruir de nenhuma forma a visual das Torres de Satélite.  Em contrapartida, foi de fundamental importância evidenciar a época que é feito uma intervenção desse porte, deixando isto de maneira explícita em sua arquitetura.

Analisando o lote, percebe-se um isolamento da Praça das Torres de Satélite em relação à malha urbana de entorno, devido às vias de rápido acesso que cortam o terreno em sua longitude. Visou-se não interromper esse fluxo viário existente, pela sua importância, porém era fundamental a ligação peatonal direta entre a região e as torres.  Na mesma análise, também nota-se a diferença de planos que a região apresenta, também constituindo uma importante diretriz da proposta.

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Desta maneira constitui as principais idéias para a concepção do novo espaço, que passam a ter como intuito principal a construção de um espaço de arquitetura contemporânea para abrigar o edifício da FARO ( Fábrica de Artes y Oficios), em diferentes planos, moldado no terreno a medida que este se desenvolve e conectando o fluxo peatonal através de sua área interna até a praça principal.

Então, o projeto configura-se em uma grande área pública transformada, onde o edifício se abra, arremate os espaços e conecte os seus usuários  ao ponto principal da proposta, as Torres de Satélite.


O prédio

A edificação se desenvolve de maneira fluente, conduzindo os seus usuários a percorrer os diferentes planos sem perder as torres de vista.  O projeto divide-se em áreas administrativas, técnicas, de convívio, ensino e permanência, espalhadas por planos térreo, intermediário, pilotis e superior. Desta forma, setorizado o edifício, se tem ao mesmo tempo dois distintos espaços, aberto e privado.

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As áreas administrativas e técnicas, como as cabinas de grabación y áudio/vídeo, ocupam o espaço térreo do edifício, de maneira que se possa controlar seu acesso sem configurar numa barreira para o usuário.

Ao nível intermediário desenvolve-se um auditório a céu aberto, conectando a parte térrea da edificação a dois diferentes pontos do projeto, diretamente a praça principal através de uma grande escadaria ou à área da cafeteria, na face oposta do prédio. Em ambas as situações se atinge o nível dos pilotis, ou o chamado nível 0.00. Neste nível desenvolvem-se as áreas de permanência, configuradas por uma praça seca elevada do nível térreo e que permite a quem ali estiver uma visão total as torres de Goeritz e Barragán. O espaço em questão é uma área livre, aberta e que pode ser acessada de todos os pontos da malha urbana sem que se configure nenhuma barreira física entre ele e as Torres de Satelite.

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Por fim, no pavimento superior, de acesso mais restrito, estão às áreas de ensino, dividas em atelier e salas de aula, de maneira que se prive interrompa o fluxo peatonal em seus arredores e que privilegie a conexão visual com o entorno e com as próprias torres.


A praça

Pela Praça da Torres de Satelite se entende que elas por si só já são a própria intervenção. Porém, com o passar dos anos a proposta original foi distorcida. Endente-se assim, que a melhor maneira de se preservar a identidade das torres é o retorno ao seu projeto original, restringindo a praça à duas áreas verdes em sua extremidade e deixando o coração livre para as torres, sem barreiras ou interrupções, assim como foi pretendido pelos autores.

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Nessa concepção, cria-se o novo, identificado como novo,contemporâneo, exercendo uma nova função. Função essa complementar ao que já foi feito, preservando o que o passado da arquitetura tem para ensinar, não o copiando, e sim o analisando e o entendendo.  E, fundamentalmente, o respeitando.


Ficha técnica

Autores
LY arquitetura & 
OA arquitetura