Florianópolis – Santa Catarina – 2010 – Concurso
LY & OA arquitetura
As concepções do projeto passam por responder as questões de reordenação espacial da unidade e arquitetônicas do conjunto.
O principio de público foi importante aspecto analisado. Devolver, ou oferecer a população ao que dela é de direito é um dever da nova proposta da Biblioteca. Assim, as principais diretrizes formam se confirmando e direcionaram a forma de como a intervenção foi planejada. Readequar os espaços internos da maneia mais racional,distribuindo suas ações e seus setores, aproximando-os ou afastando-os, obedecendo ao programa estabelecido e aos seguintes fatores: características de atividades, intensidades de ruídos, fluxo de usuários, tipos de usos e necessidades técnicas, responder as questões de aproximação da Biblioteca com os cidadãos, agindo de uma forma convidativa e promovendo a cultura local. O publico e o povo, a rua e sua correta relação com saguão e áreas de eventos são elementos estruturadores, assumindo papel organizacional da edificação, explorando suas áreas internas e exercitando esse caráter, adequar à edificação atual aos padrões de sustentabilidade e eficiência energética e, por fim, consolidar a edificação como um elemento de arquitetura contemporânea.
Foi desenvolvido inicialmente um fluxograma horizontal, obviamente baseado nos fluxos previamente estabelecidos pela comissão.. Paralelamente a isso, foram atribuídas características a cada setor/unidade do mesmo, de maneira que os próprios setores ditassem sua correta locação no interior da edificação. Atribuições graduais, como níveis sonoros , fluxos de contingente, caráter publico e privado e atividades ali desenvolvidas foram descritos em conjunto com cada setor, configurando assim um anagrama esquemático de fácil compreensão.
Como arquitetura, a intenção foi produzir uma imagem poderosa. O tratamento de imagem do local incluiu uma limpeza na composição visual do conjunto. Oferecer ao edifício a oportunidade de duas fachadas principais pareceu uma óbvia proposta A pele externa intenta trabalhar com o inesperado, num jogo de expõe-esconde, mesmo que ela execute claras funções ambientais. O uso das proporções áureas foi utilizado como teoria da composição da pele, almejando atingir os dois pontos sempre norteadores da proposta total: o surpreendente e o lógico. Unidos, nunca opostos. O elemento não busca a obstrução da caixa rígida interna, mas sim a vibração conjunta dos dois elementos.
Tanto externamente quanto internamente, o ritmo de montagem e a ligeira diversidade de seus elementos tentam trabalhar com um dos mais básicos elementos da arquitetura: a luz, seus reflexos e suas transposições. Tentamos com a pele transmitir um pouco do ideal arquitetônico que gostamos, a arquitetura do lógico, do funcional, sem egocentrismo, porém com uma acuidade estética e com respeito ao momento que a edificação se ergue.
Os módulos áureos foram rebatidos de forma que sua mais próxima repetição se deu nos pontos de maior insolação, ao passo que o brise se abria nas áreas de insolação e vistas privilegiadas.. Algumas dessas áreas de menor insolação também receberam cobertura de vidro colorido verde, de maneira a nitidamente interagir com interior da edificação. Cores a luz adentrando a Biblioteca e com ela interagindo, mesmo que involuntariamente. Como esperamos que os cidadãos de Florianópolis também o façam.
ficha técnica
Autores
LY arquitetura & OA arquitetura